segunda-feira, 20 de abril de 2009

Especial Wilson Simonal



Vídeo Promo: Simonal - Ninguém sabe o duro que dei.



Como é que pode o Rei do Suingue ser condenado ao ostracismo por falta de jogo de cintura?! Pois é...esse é o paradoxo que marcou a vida de um dos maiores artistas da música brasileira: Wilson Simonal.
"Alegria, Alegria" era o bordão desse cantor negro que orquestrava platéias gigantescas. O dom que ele tinha em dominar as massas, lhe faltou na hora de lidar com o sucesso. Simonal era subversivo e carismático ao mesmo tempo, sendo mal interpretado numa época em que tudo era analisado com radicalismo: ou você era da Direita Perversa ou da Esquerda Intolerante.
No meio desse tiroteio de ideologias, Simonal foi vitima das duas correntes.
O precursor da musica POP Brasileira, interprete da Pilantragem (estilo de musica debochado e malandro da época), perdeu o rebolado quando não teve habilidade em lidar com o suposto roubo de seu contador.
O menino negro e pobre, filho de empregada domestica, que alcançou o sucesso graças ao seu talento, viu tudo desmoronar...julgado e renegado pelos seus colegas de trabalho e pela mídia, num boicote que durou mais de duas décadas.

Os festivais de música dos anos 60 projetaram Wilson Simonal, dono de um talento singular para comandar multidões. Agora o documentário “Ninguém Sabe o Duro que Dei”, de Cláudio Manoel, Calvito Leal e Micael Larger, reconta a trajetória do cantor e ajuda a entender o episódio que fez Simonal cair no ostracismo
É uma história de som e fúria, mas também de intolerância e covardia, uma das mais tristes da música brasileira. E justamente de um dos cantores que mais alegria deu a todos que o ouviram cantar. Ídolo das multidões nos anos 60, Wilson Simonal viveu como um zumbi e morreu em 2000, ignorado pela mídia, sem trabalho, sem dinheiro e sem respeito, como se nunca houvesse existido. É o que mostra o sensacional documentário “Ninguém Sabe o Duro que Dei”, breve nas telas.
No filme de Claudio Manoel, Micael Larger e Calvito Leal, a glória e a tragédia de Wilson Simonal são mostradas em todo o seu esplendor e miséria. Narrado e comentado por testemunhas da época, com espetaculares números musicais de Simonal, o filme presta um tributo ao seu imenso talento e lança luz sobre os acontecimentos que o levaram a ser execrado como supostoinformante da Ditadura Militar.
Quando Simonal usou dois policiais para sequestrar seu contador, que ele suspeitava de roubo e acabou processado e condenado por isso. Mas, negou até morrer que fosse dedo duro.
Simonal era conhecido como folgado, abusado, deslumbrado com o sucesso. Marrento como um Romário, em 1970 ele rivalizava com Roberto Carlos como o cantor mais popular do Brasil. Simonal era o que hoje chamam de “um negão cheio de atitude”.
Mas, na época, só conseguiu provocar inveja, racismo e ressentimento com seus carrões importados e suas louraças. E acabou pagando mais caro pelas suas atitudes do que pelo que realmente fez de errado.
Dono de grande simpatia pessoal e de uma voz maravilhosa, Simonal podia não ser o rei do bom gosto, mas tinha uma técnica vocal impecável e um suingue extraordinário, que logo o levaram ao sucesso no disco e na televisão. Mas era nos shows que ele mostrava o seu grande diferencial. Um prodigioso domínio das platéia.
Assassinos, torturadores, assaltantes, sequestradores. Todos foram perdoados pela anistia. Menos Wilson Simonal, que hoje estaria com 70 anos e merecendo todas as homenagens como um dos melhores cantores brasileiros de nosso tempo. E o que mais sofreu.
O documentário “Ninguém Sabe o Duro que Dei” estreia no dia 15 de Maio.


Na tonga da Mironga do Cabuletê

Toquinho e Vinicius de Moraes



Eu caio de bossa eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa xingando em nagô
Você que ouve e não fala / Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala / Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do cabuletê
A tonga da mironga do cabuletê
A tonga da mironga do cabuletê
Você que lê e não sabe / Você que reza e não crê
Você que entra e não cabe / Você vai ter que viver
Na tonga da mironga do cabuletê
Na tonga da mironga do cabuletê
Na tonga da mironga do cabuletê
Você que fuma e não traga / E que não paga pra ver
Vou lhe rogar uma praga / Eu vou é mandar você
Pra tonga da mironga do cabuletê
Pra tonga da mironga do cabuletê
Pra tonga da mironga do cabuletê


Madalena



Oh, Madalena
O meu peito percebeu
Que o mar é uma gota
Comparado ao pranto meu
Fique certa
Quando o nosso amor desperta
Logo o sol se desespera
E se esconde lá na serra
Eh Madalena
O que é meu não se divide
Nem tão pouco se admite
Quem do nosso amor duvide.
Até a lua se arrisca num palpite
Que o nosso amor existe
Forte ou fraco, alegre ou triste
Oh, Madalena, Madalena, Madalena, Madalena
Oh Ma, oh Mada, oh Madale


Meu limão meu limoeiro



Meu limão, meu limoeiro
Meu pé de jacarandá
Uma vez, tindolelê
Outra vez, tindolalá

Que Maravilha

Composição: Jorge Ben / Toquinho



Lá fora está chovendo,
mas assim mesmo eu vou correndo
só pra ver o meu amor
Ela vem toda de branco,
toda molhada e despenteada
Que maravilha, que coisa linda
que é o meu amor

Lá fora está chovendo,
mas assim mesmo eu vou correndo
só pra ver o meu amor
Ela vem toda de branco,
toda molhada e despenteada
Que maravilha, que coisa linda
que é o meu amor

Por entre bancários,
automóveis, ruas e avenidas
Milhões de buzinas tocando sem cessar
Ela vem toda de branco,
muito meiga e muito tímida
Com a chuva molhando o seu corpo,
que eu vou abraçar
E a gente no meio da rua, do mundo,
no meio da chuva
a girar
(que maravilha)
A girar
(que maravilha)
A girar
(que maravilha)

Lá fora está chovendo,
mas assim mesmo eu vou correndo
só pra ver, pra ver o meu amor
Ela vem toda de branco,
toda molhada e despenteada
Que maravilha, que coisa linda
que é o meu amor
(que maravilha)
que é o meu amor
(que maravilha)
que é o meu amor...


Sá Marina



Descendo a rua da ladeira
Só quem viu, que pode contar
Cheirando a flôr de laranjeira
Sá Marina levei prá dançar...

De saia branca costumeira
Gira o sol, que parou prá olhar
Com seu jeitinho tão faceira
Fez o povo inteiro cantar...

Roda pela vida afora
E põe prá fora esta alegria
Dança que amanhece o dia
Prá se cantar
Gira, que essa gente aflita
Se agita e segue no seu passo
Mostra toda essa poesia do olhar
Huuuuuuummmm!...

Deixando versos na partida
E só cantigas prá se cantar
Naquela tarde de domingo
Fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar...

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!

Oh!
Deixando versos na partida
E só cantigas prá se cantar
Naquela tarde de domingo
Fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar...

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!

E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar...


Tributo a Martin Luther King



Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!

Sim, sou um negro de cor
Meu irmão de minha cor
O que te peço é luta sim
Luta mais!
Que a luta está no fim...

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Oh! Oh! Oh! Oh!

Cada negro que for
Mais um negro virá
Para lutar
Com sangue ou não
Com uma canção
Também se luta irmão
Ouvir minha voz
Oh Yes!
Lutar por nós...

Luta negra demais
(Luta negra demais!)
É lutar pela paz
(É Lutar pela paz!)
Luta negra demais
Para sermos iguais
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Para sermos iguais
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Ah! Ah! Ah! Ah!

Sim, sou um negro de cor
Meu irmão de minha cor
O que te peço é luta sim
Luta mais!
Que a luta está no fim...

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Oh! Oh! Oh! Oh!

Cada negro que for
Mais um negro virá
Para lutar
Com sangue ou não
Com uma canção
Também se luta irmão
Ouvir minha voz
Oh Yes!
Lutar por nós...

Luta negra demais
(Luta negra demais!)
É lutar pela paz
(É Lutar pela paz!)
Luta negra demais
Para sermos iguais
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Para sermos iguais
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh! Oh!

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